segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Luzes podem revelar civilizações alienígenas

Luzes podem revelar civilizações alienígenas, dizem astrônomos
Iluminação artificial seria o modo mais seguro de encontrar ETs.
Telescópios atuais não conseguiriam ver luzes fora do Sistema Solar.

Um artigo publicado esta semana na revista científica Astrobiology propõe uma nova estratégia na busca por vida fora do planeta Terra. Em vez de procurar sinais de rádio ou pulsos de laser, os astrônomos sugerem que as luzes urbanas sejam o caminho mais fácil. Em geral, as técnicas que vasculham indícios de uma civilização extraterrestre usam tecnologias parecidas. Mas a própria evolução tecnológica humana mostra que isso tem limites. Hoje, com as fibras óticas, já não usamos mais tantos sinais de rádio e nos tornamos menos detectáveis por eventuais alienígenas.
Dessa forma, as luzes artificiais seriam o vestígio mais seguro, na opinião dos autores Avi Loeb e Edwin Turner. Isso porque é razoável pensar que qualquer civilização que se desenvolva tenha iluminação para os momentos de escuridão. “Procurar cidades alienígenas seria um caminho longo, mas não exigiria mais recursos”, afirma Loeb, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos EUA. O ideal seria observar as mudanças na emissão de luz de um planeta enquanto ele gira em torno de uma estrela.
Um planeta com áreas iluminadas se destacaria em relação a outro que não tenha luzes artificiais. Apesar disso, essa identificação – da nossa parte – não é possível com a atual geração de telescópios disponível.
Do espaço, seria possível detectar, por exemplo, uma metrópole do tamanho de São Paulo que estivesse no Cinturão de Kuiper, onde ficam os planetas-anões Plutão e Éris, ainda no Sistema Solar.
“É muito pouco provável, porém, que haja cidades alienígenas dentro dos limites do Sistema Solar, mas o princípio da ciência é encontrar um método de checar isso”, aponta Turner, da Universidade de Princeton, também nos EUA.
“Antes de Galileu, era de conhecimento público que objetos mais pesados caíam mais rápido que os leves, mas ele testou e descobriu que a queda ocorre na mesma velocidade”, completa o astrônomo.

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